A comunidade internacional mostra seu ceticismo em relação à reeleição do presidente Nicolás Maduro. Por outro lado, a oposição, que questiona os resultados das eleições, afirma ter provas que comprovam sua vitória.
Violência na Venezuela pela reeleição de Nicolás Maduro
Pelo menos uma pessoa morreu nos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, segundo a ONG Foro Penal, especializada na defesa de presos políticos. O atual presidente da Venezuela, no poder há onze anos, venceu as eleições na segunda-feira, 29 de julho, com 51% dos votos. A oposição não reconhece esses resultados e considera seu candidato, Edmundo González, como vencedor com 70% dos votos. A população venezuelana expressou sua indignação diante de resultados nos quais ninguém acredita.
Protestos em Caracas
Os bairros populares de Caracas se mobilizaram em caravanas de motocicletas e pedestres em direção ao centro da cidade, onde fica o Palácio de Miraflores, sede do governo. Milhares de pessoas, principalmente jovens, saíram espontaneamente de suas casas para expressar sua frustração com esses resultados. “Estou muito decepcionada, tínhamos a esperança de sair de tudo isso”, explica Edimar Mondaca. “Em caso de vitória de Edmundo, a Venezuela não teria se recuperado da noite para o dia, mas teria havido um pequeno raio de esperança de mudança. As pessoas finalmente abriram os olhos. Esperamos poder acabar com tudo isso hoje ou amanhã, pelo menos esta semana. Queremos que Maduro deixe o cargo esta semana.”
Um ponto de viragem na política venezuelana
A manifestação foi crescendo aos poucos. Os moradores saíram às ruas para se juntar aos manifestantes ao vê-los de suas janelas. Confrontos ocorreram com as forças da ordem e milícias paramilitares a serviço do governo à medida que a caravana avançava no centro da capital. Tiros foram ouvidos. Essa raiva pode ser um ponto de viragem na política venezuelana. Pela primeira vez, os bairros populares viraram as costas para Nicolás Maduro, a quem acusam de fraude eleitoral.
A Venezuela suspende a partir de quarta-feira seus voos para o Panamá e a República Dominicana devido às “ações de interferência”, segundo os governos desses dois países que questionaram a transparência das eleições.
Fonte do artigo: Francetvinfo
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