Uma descoberta recente no oceano Pacífico desconcertou os cientistas ao descobrir uma nova fonte de oxigênio que parece ser emitida por pedras.
Uma descoberta surpreendente no fundo do oceano Pacífico
Uma equipe de cientistas internacionais ficou surpresa com uma descoberta incomum no fundo do oceano Pacífico. Inicialmente, os pesquisadores, especialmente os da Associação Escocesa para Ciências Marinhas, pensaram que se tratava de um erro em seus instrumentos de medição.
Algo está liberando grandes cantidades de oxigênio no fundo do oceano Pacífico, em profundidades onde a total ausência de luz solar torna a fotossíntese impossível https://t.co/89l1iYzS5s
— nature (@Nature) 22 de julho de 2024
A surpresa foi ainda maior quando os cientistas colocaram uma amostra do fundo marinho e água do mar em recipientes herméticos, obtidos a uma profundidade de 4.000 metros, e observaram que os níveis de oxigênio triplicaram em apenas dois dias. Nesta região do Pacífico, a essa profundidade, a escuridão é total, o que torna a fotossíntese impossível por meio de microalgas.
Após uma análise detalhada, os pesquisadores determinaram que o oxigênio vem de seixos redondos ricos em metais raros, encontrados nas profundezas do oceano. Essas descobertas foram publicadas na prestigiosa revista Nature Geoscience.
Como os seixos produzem oxigênio?
Aparentemente, os metais presentes nessas rochas atuam como catalisadores e permitem uma reação de eletrólise na água do mar. Em outras palavras, a molécula de água, H2O, é dividida liberando oxigênio e hidrogênio.
— Nature Geoscience (@NatureGeosci) 22 de julho de 2024
Esta descoberta desafia o que se acreditava sobre a origem da vida na Terra, uma vez que se pensava que apenas os seres vivos poderiam produzir oxigênio por meio da fotossíntese, utilizando a luz solar. A teoria geral sustentava que foi assim que o oxigênio foi produzido pela primeira vez na Terra há três bilhões de anos. No entanto, se o oxigênio também vem de rochas oceânicas nas profundezas submersas na escuridão, novas possibilidades de vida ainda desconhecida e possivelmente mais antiga se abrem, em ambientes oxigenados de forma diferente através da fotossíntese.
Os autores do estudo destacam a importância de compreender esses mecanismos de oxigenação antes de iniciar a exploração mineral em águas profundas, uma vez que essas rochas polimetálicas são muito cobiçadas pela indústria de fabricação de baterias e painéis solares. É fundamental avançar no conhecimento científico para proteger os ecossistemas que dependem desses processos.
Fonte do artigo: Francetvinfo
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